VIAGEM A ANDARA oO LIVRO INVISÍVEL
COISAS ESCURAS PROCURANDO A LUZ
COM DEDOS FINOS CHEIOS DE ERVAS
I
Os dias consagrados
na via Lenta
este é o caminho das
Grades,
e ouves no fundo da Terra portões de ferro voltando ao pÓ,
como tu
Mas Tu não cumprirás toda a Profecia
Afinal,
não chegaste pela rua da tua Infância? Não tropeçaste na porta da Sede e a Água te ergueu?
Não testemunhas o regresso das árvores em Sonhos
e
não passa Dentro de tia Outra via?
leve
Que
leva
à Leveza invisível
esboçando no Sem Rumo
quando passas, em Si se esconde a Árvore
dos Negros Corais
tu passeias sem Clamor
quem sabe: Até cantes
e o Caminho não é longo
não colheste nenhum fruto,
mas os Corais vão contigo
e teus Passos vão deixando Rumor de treva e água profunda, pois
te seguem, Negros, os Corais
ó Árvore dos Negros Corais
quando passas em Ti
se esconde
a Residência entre Clarões está nas cinzas
Agarrado ao teu Tronco,
como não lamentarias a queda dos Frutos?
Perdido de Ti,
como colherias a Semente
no ar
e a semearias nas noites da Fadiga?
Para isso: ouvir
Aquilo que chama na SombraPara aquilo, ver
na noite que mais pede sacrifícios à Aurora dos Destinos
ao passo
mais fiel ao caminho para a casa tombada, Lá: onde a Curva
no horizonte
oferta a Esfera ao fechar dos Círculos
À Asa murmurante que não pousa
Celebração das noites fatigadas
há Desesperos circulares, Tu sabes desesperos
como o do animal no Escuro escuro
Girando
contido no Centro que seu giro gera
E a cada giro, Pura
emissão de intensidade busca as margens para Além das margens
E a cada giro, o Não
Escrita de grades: a palavra Dor não é a palavra Sim
Luz fenecendo
Oo
morona, des
falece em centroE se esmorece
o Desespero, e se
se apaga: Se sob a pele Negra olhos se ocultam,
na harpa de grades a pausa é breve e não há Música
pois foi escrito no Bosque Sem Ternuras, em nossa Face: Que os olhos que uma vez se fechem outra vez se abram,
e eles se abrem,
acende o Desespero
e Testemunha: as Grades permanecem Lá
E
se adormece para os Sonos dos Alívios? Sem
remédio Sem
remédio,porque sonha Grades
ah, tudo oculta em sonhos a Catedral de cinzas
as Margens
o Círculo
e a chave perdida
Animal escuro,
te tornaste o próprio Centro escuro
Tece teus cílios de Hera sagrada
Cintila
nas noites Sonha
com a Alvura
Não sabes que Outro centroO
te Ilumina,
mais Escuro?
há Desesperos circulares, Tu sabes
E o Céu? Se
pergunta a Terra,
enquanto desces ao encontro do Teu Centro
eis: a espreita do Suspeito de Si Mesmo
Eis a Penumbra da Água em silêncio
Na Fonte,
não são Longos os peixes que te incineram
Ainda uma vez um Sim de pedra
se ocultou
na Noite,
e enquanto tombas vais lembrando que Não És
Noite de nutrições profundas
Para nutrir o Lodo,
tu não escreves Tu
és o Livro
que se lança em todas as direções nas Regiões Escuras: Agora
oO Círculo
cintilante
que te envolve
E nos limites da Esfera,
se te voltas para te ver Fonte
que se jorra,
vê:
o Outro,
Água que no Centro da Esfera ainda Lá és tu de novo, murmurando:
Tu
és o Livro,
que se lança: Chama
na noite do Grão luminoso
Quando a Esfera cantou na Penumbra para a Dúvida
a Vida é o que
é
coisa que a si SeFaz
longe, em Ti
ouviste O Eco É
só
isso
e nada Mais
ó Árvore de Negros Corais e dos silêncios do Céu
S
ubmerso
em Si como um homem
esquecido pelas paisagen
S
E vagando
Como se um mundo Não existisse
Um mundo não
como um mundo Sim
E convivendo com Ausência e Sombra
Quase deitado na linha do Horizonte, e sem temer a Lâmina, e com os pés pisoteando estrelas:
dança,
mas não é O Dançarino
a parte dos Dons
mas
Se
nutrires em Ti
a Metamorfose da Esfera,
e
e tudo em círculos vagando sobre a Esfera vier se Delatar a ti como
Máscara para esmagamentos > a horda escura e a História
e o ir e o ir e o ir dos frutos retornantes às sementes
mas não
o Vir
da Semente ao Fruto que nós chamamos Vida
e
quando na Clareira, Nu
testemunhares o desabrochar da Hera
#
Então
} haverá um dia seguinte
E nesse Dia
Manhã do Caminho sem caminhos,
despertando
e verás
a Constelação Sem Centro
Porque o Centro tombou sem rumor toda a Noite para a Terra
Estás outra vez na rua onde passou por ti a Vertigem, a Tua Infância
E agora } o Centro
És Tu
Caminho longo
OoO
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O
oO
Oo
OoO
Fim de I Os dias Consagrados
A Viagem a Andara não tem fim