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segunda-feira, 7 de maio de 2012

III Coisas escuras procurando a luz com dedos finos cheios de ervas

VIAGEM A ANDARA oO LIVRO INVISÍVEL
COISAS ESCURAS PROCURANDO A LUZ
COM DEDOS FINOS CHEIOS DE ERVAS
I
Os dias consagrados







na via Lenta

este é o caminho das

Grades,


e ouves no fundo da Terra portões de ferro voltando ao pÓ,


como tu



Mas Tu não cumprirás toda a Profecia





Afinal,
não chegaste pela rua da tua Infância? N
ão tropeçaste na porta da Sede e a Água te ergueu?


Não testemunhas o regresso das árvores em Sonhos



e
não passa Dentro de ti

a Outra via?




leve




Que

leva

à Leveza invisível



esboçando no Sem Rumo


quando passas, em Si se esconde a Árvore
dos Negros Corais


tu passeias sem Clamor

quem sabe: Até cantes


e o Caminho não é longo



não colheste nenhum fruto,

mas os Corais vão contigo



e teus Passos vão deixando Rumor de treva e água profunda, pois

te seguem, Negros, os Corais




ó Árvore dos Negros Corais

quando passas em Ti

se esconde



a Residência entre Clarões está nas cinzas


Agarrado ao teu Tronco,

como não lamentarias a queda dos Frutos?




Perdido de Ti,


como colherias a Semente

no ar



e a semearias nas noites da Fadiga?



 
Para isso: ouvir
Aquilo que chama na Sombra


Para aquilo, ver
Isso: o Anel de Luz



na noite que mais pede sacrifícios à Aurora dos Destinos


ao passo


mais fiel ao caminho para a casa tombada,   Lá: onde a Curva


no horizonte

oferta a Esfera     ao fechar dos Círculos


à água de murmúrios dos Teus Olhos





À Asa murmurante que não pousa



Celebração das noites fatigadas


há Desesperos circulares, Tu sabes desesperos



como o do animal no Escuro    escuro



Girando



contido no Centro que seu  giro gera



E a cada giro, Pura

emissão de intensidade busca as margens para Além das margens



E a cada giro, o Não

Escrita de grades: a palavra Dor não é a palavra Sim





Mais um giro, e eis: a Queda


Luz fenecendo



Oo


Centro que des

morona, des
falece em centro




E se esmorece


o Desespero, e se

se apaga: Se sob a pele Negra olhos se ocultam,


na harpa de grades a pausa é breve e não há Música



pois foi escrito no Bosque Sem Ternuras, em nossa Face: Que os olhos que uma vez se fechem outra vez se abram,




e eles se abrem,


Cílio sem paz se
acende o Desespero




e Testemunha: as Grades permanecem Lá




E

se adormece para os Sonos dos Alívios? Sem



remédio Sem
remédio,

porque sonha Grades




ah, tudo oculta em sonhos a Catedral de cinzas





as Margens


o Círculo





e a chave perdida





Animal escuro, 

te tornaste o próprio Centro escuro




Tece teus cílios de Hera sagrada



Cintila




nas noites Sonha




com a Alvura




Não sabes que Outro centroO

te Ilumina,




mais Escuro?




há Desesperos circulares, Tu sabes


  
Caminho dos corpos lentos

E o Céu? Se

pergunta a Terra,



enquanto desces ao encontro do Teu Centro




eis: a espreita do Suspeito de Si Mesmo



Eis a Penumbra da Água em silêncio

Na Fonte,

não são Longos os peixes que te incineram



Ainda uma vez um Sim de pedra

se ocultou


na Noite,





e enquanto tombas vais lembrando que Não És





Noite de nutrições profundas

Para nutrir   o Lodo,

tu  não escreves   Tu


és o Livro



que se lança em todas as direções nas Regiões Escuras: Agora

oO Círculo

cintilante



que te envolve




E nos limites   da Esfera,

se  te voltas para te ver Fonte

que se jorra,

vê:



 o Outro,



Água que no Centro da Esfera ainda Lá és tu de novo, murmurando:






Tu

és o Livro,



que se lança: Chama



na noite do Grão luminoso

Quando a Esfera cantou na Penumbra para a Dúvida


a Vida é o que

é




coisa que a si SeFaz








longe, em Ti




ouviste O Eco           É










isso





e         nada Mais




ó Árvore de Negros Corais e dos silêncios do Céu


S

ubmerso


em Si como um homem



esquecido pelas paisagen

S



E vagando



Como se um mundo Não existisse

Um mundo não

como um mundo Sim




E convivendo com Ausência e Sombra




Quase deitado na linha do Horizonte, e sem temer a Lâmina, e com os pés pisoteando estrelas:




dança,



mas não é O Dançarino




a parte dos Dons

mas


Se



nutrires em Ti

a Metamorfose da Esfera,



ouve e Celebra o teu rumor de Hera



H


e




} quando o Silêncio horizontal se disser, te despindo, o Fulgor que És




e tudo em círculos vagando sobre a Esfera vier se Delatar a ti como

Máscara para esmagamentos > a horda escura e a História
e o ir e o ir e o ir dos frutos retornantes às sementes



mas não

o Vir

da Semente ao Fruto que nós chamamos Vida




e



quando na Clareira, Nu

testemunhares o desabrochar da Hera


#





Então

} haverá um dia seguinte



E nesse Dia

Manhã do Caminho sem caminhos,

despertando


abrirás a porta da tua casa




e verás



a Constelação Sem Centro





Porque o Centro tombou sem rumor toda a Noite para a Terra




Estás outra vez na rua onde passou por ti a Vertigem, a Tua Infância





E agora } o Centro


És Tu



Caminho longo



OoO





o






O






oO




Oo









OoO









  

Fim de I Os dias Consagrados

A Viagem a Andara não tem fim