Translate
sexta-feira, 25 de maio de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
V Doar
a
Guenádi Aigui:
Guenádi Aigui:
De que te vestes
e do que te despes/
Daquele que antes passa
não verás
nem rastro
e do que te despes/
Daquele que antes passa
não verás
nem rastro
doar
o centeio negro à claridade das manhãs
o que sustenta um homem contra as tempestades
não sabe ao certo do que ele é feito e no que se desfaz
o que sustenta um homem contra as tempestades
não sabe ao certo do que ele é feito e no que se desfaz
partes estão sempre desmoronando coisas estão sempre deixando
de ser no corredor de ossos O Clarão e mais um filho é devolvido à relva
de ser no corredor de ossos O Clarão e mais um filho é devolvido à relva
O pavilhão de trevas
Quase nunca é preciso soprar as cinzas
dos olhos
ninguém vem retribuir à terra a água colhida na palma da mão
dos olhos
ninguém vem retribuir à terra a água colhida na palma da mão
tu não avanças mais cantando
há a impossibilidade da semente
vir a se tornar uma floresta sem ressentimentos
vir a se tornar uma floresta sem ressentimentos
tu não avanças mais cantando
sem notar a caridade dos dias
com o direito de ocultar todo horizonte com uma elevação de lágrimas
com o direito de ocultar todo horizonte com uma elevação de lágrimas
Mas se sabia,
desde os primeiros sinais, que não vieram, que os ventos varreriam a terra, cavando,
até expor aos nossos olhos
as esmeraldas deste funeral
desde os primeiros sinais, que não vieram, que os ventos varreriam a terra, cavando,
até expor aos nossos olhos
as esmeraldas deste funeral
as esmeraldas deste funeral
o centeio negro à claridade das manhãs
já foi doado,
e embora vozes se erguessem
não deixaste
e embora vozes se erguessem
não deixaste
O Doador de Sombras
esses clamores vagos clarões
Nem nuvem vã desceu até teus olhos os calcanhares
com que pisaste o canto
dos que se erguiam em bando
em defesa dos dias
com que pisaste o canto
dos que se erguiam em bando
em defesa dos dias
e o leito de sombras foi armado
lá
onde
do Alto semeamos ossos
lá
onde
do Alto semeamos ossos
As doações
o que sustenta um homem contra as tempestades
não sabe ao certo do que ele
é feito e no que se desfaz
é feito e no que se desfaz
Ah de quem foi este pé que se recusa a dar um passo ah
essas mãos trêmulas depostas aos nossos pés
essas mãos trêmulas depostas aos nossos pés
Do Alto, semeando ossos
As doações
nós nos dizíamos
Eis o beber a seiva derramada
nós nos dizíamos
Eis o beber a seiva derramada
O Pontilhão Escuro está cantando ao vento:
um dia
a água do corpo correrá ao contrário, vindo ao teu encontro,
e tuas aves serão feitas de terra
a água do corpo correrá ao contrário, vindo ao teu encontro,
e tuas aves serão feitas de terra
Eis o beber a seiva derramada
ah de quem foi este pé que se recusa a dar um passo
Mas a criança há de nascer mais antiga
sob um sol de cinzas se desfazendo sobre nós
sob um sol de cinzas se desfazendo sobre nós
partes estão sempre desmoronando
somos, em nós, as doações recentes,
as recém-nascidas doações estão sonhando,
indo para o mais antigo Campo de Miragens nu
as recém-nascidas doações estão sonhando,
indo para o mais antigo Campo de Miragens nu
O
Doador de Véus
E o mais antigo desmorona
aos nossos pés
se se recusam a dar um passo antigo se
aos nossos pés
se se recusam a dar um passo antigo se
tudo passa, o lentamente,
em nós
em nós
coisas estão sempre deixando de ser
Se as Fontes imóveis de repente
cantassem em nós
ah, as cantantes caladas
oh se cantassem de repente
cantassem em nós
ah, as cantantes caladas
oh se cantassem de repente
A verdade é que
o pé tateia o limo
a mão espera o líquen dos afagos
o pé tateia o limo
a mão espera o líquen dos afagos
E tudo bem silenciosamente
Este desejo é longo quando passo
através da opaca cintilância
através da opaca cintilância
Ah, a Opaca cintilância
desses filhos mortos semeados pela relva
quando passo
desses filhos mortos semeados pela relva
quando passo
no corredor de ossos
um olho ainda cintila
a Lã
que ama o fogo sem balir
que ama o fogo sem balir
O Clarão
o fogo-fátuo destas fontes
Eis o beber a Seiva, a seiva derramada
A água do corpo
não correrá ao contrário em nós
tremia
um mineral profundo
não correrá ao contrário em nós
tremia
um mineral profundo
e mais um filho é devolvido
à relva
quando menos se esperava tanto espanto
A Voz
soluça entre gorjeios
soluça entre gorjeios
Quem sabe a santidade ser
O osso leve
de
um filho devolvido à Relva
O osso leve
de
um filho devolvido à Relva
O pavilhão de trevas
está se abrindo
Dobrados diante dele joelhos
de fruta
de fruta
Para colher a melhor flor
da estação, quantas sementes
esperando a Seiva lenta,
da estação, quantas sementes
esperando a Seiva lenta,
aguardando um pranto
Quase nunca é preciso
soprar as cinzas dos olhos
Quase nunca é preciso
lançar ossos no abismo
Quase nunca é preciso
lançar ossos no abismo
Estamos sempre dispostos a temer as manhãs
estamos sempre nas manhãs,
tremendo
tremendo
ninguém vem retribuir à terra a água
Colhido na palma da mão tem um abismo
É essa a fonte do coração oco entre miragens
É essa a fonte do coração oco entre miragens
Tomo, de ti,
a tua mão na minha
a tua mão na minha
Estas ruínas ficam bem
caladas quando passo
doar
caladas quando passo
doar
o centeio negro à caridade das manhãs
Se doendo
sem dOr
partes se dando: Do Corpo do poema em si, ao fora de si, ao Que?m buscando Em sonhos, a Margem brandamente escurecida
sem o direito de ocultar a caridade dos dias
mas com direito a vislumbrar todo o horizonte velado, a Elevação de Lágrimas
Fonte do coração, do Oco
entre miragens
Fonte do coração, do Oco
entre miragens
as esmeraldas neste funeral
As esmeraldas deste funeral
sábado, 12 de maio de 2012
Andara: VozSilêncio II
SEGUNDA PARTE DO DIÁRIO VIRTUAL DE ANDARA desde abril de 2012 dá continuidade a ANDARA: VOZSILÊNCIO iniciado em 2007 por VICENTE FRANZ CECIM
LINK
http://andaravozsilencio.blogspot.com.br/2012/05/andara-vozsilencio.html
terça-feira, 8 de maio de 2012
IV Coisas escuras procurando a luz com dedos finos cheios de ervas
VIAGEM A ANDARA oO LIVRO INVISÍVEL
COISAS ESCURAS PROCURANDO A LUZ
COM DEDOS FINOS CHEIOS DE ERVAS
II
Fonte dos que dormem
A colheita das paisagens
Para descer o céu à terra num antro mais cheio de murmúrios
aquilO
que morre nas flores
canta
um Rumor de luz
Eu escuto, na Residência da Semente Branca daqueles que tiveram o pé esquerdo devorado por ovelhas
Eu nutro: os caminhos apagados
Eu nutro: a mais antiga, a Visão que veio ao encontro dos que vão
em busca
da espera de Si mesmos
Eu não sou a semente
de uma intensidade nua de espinhos, eu não sou
Eu não sou
Fonte das constelações
Sem semear ossos no fim da tarde
e vindo ao encontro dos teus olhos nos Caminhos das espreitas,
eu busco
o segredo luminoso
da
Tua
Água
Soprando as cinzas,
mais humano que o Limo
Este é o Passo de Sombras
Esta é a Noite em que o céu virá beber nosso rumor de terra
Aqui
Eu espero
Como uma Construção erguida para baixo
rio em Silêncio, e serpentes: A Palavra
interminável
mente
calada
mente de Aves Profundas
e um Carrilhão de Luz
soando na Penumbra dos Seus Olhos,
dAquilo que escurece
as manhãs de cinzas
as pedras dos dedos da Oração
quando o mais Alto se ergue
e depõe o Muro Branco das Idades
como Transparência
no deserto Inundado
dos Teus sonhos: Cílio
da Carne,
e Rumor de Bosque Escuro
Curva dos Lábios
que não dizem - Rio
lá, onde
a Água Escura de um Abismo
Aquele que teve os olhos Selados
já não aguarda a Aurora das Virtudes: o Guardião de Sombras
Aurora das virtudes
Quando a terra se abre aos nossos pés,
quando a terra se abriu aos nossos pés
e vindo a ausência da Ausente, veio a Ausência
do ausente
e A que devorávamos na Sombra estava atrasada, e vindo
a que esperávamos estava atrasada
Caminho lento
que a terra ainda não abrira aos nossos pés
ainda Tantas vezes O teu silêncio e a Pálpebra
que não quis nos ver
Tantas vezes o Conselho: Soluça sem espreitas
Tu me nutriste de Escombros,
como uma construção erguida para baixo
não era os passos
Vocação de Olhos mais Escuros
quando a mão se abriu
para tocar O céu
Não eram os Passos dos que vieram antes
Sim
Quando a Árvore sem tréguas descer do céu
como saber: Se um homem vem por degraus
no coração da nave submersa nos Seus Olhos,
antes
que a Inquietante fale as Palavras
mas não após o silêncio das Virtudes
indo
ao Encontro das lápides Flutuantes e das Águas
se erguendo para a Sede
e na penumbra oh na Penumbra
de um Encanto
e
da Esfera tombada no Caminho
por Onde ainda Passam os que passaram antes
Na penumbra oh na Penumbra,
enquanto espera a tempestade, a: Tempestade
nos
Repousos
dos
Teus
Passos
Lodo das espécies
As Catedrais de Luzes já foram semeadas
no Centeio Negro
e não te voltas para colher a Sombra
O
Que Ora está ausente
onde murmura Silêncio a Serpente
Agora aquele que aguardou a Alvura
despertou na névoa e sem olhos
Agora, Aquilo se lançou nas Águas e
sem guelras
Nenhum Cílio
desvia o Pó de um homem das Visões
do Florescer
ao Fenecer
da vida,
indo
tu serás o Escombro de Lágrimas
Canto Mais Impuro
O
cantando
Se um Oceano de pedras descesse
uma palavra Não te espera
Reino que Se curva
Quando a Mente, sem espinhos,
torturou Teu Sangue
veio a lágrima
e O orvalho te doou
O Lago
Na Solidão
se tinge o Lodo
Ainda é a carne a Submersa na pedra
que o teu Dom adormece
Estação das seivas
Não era a Infância ainda,
pois foi antes
Instante
sem tempo, O cancelado instante
de Ressurreições
do Pó
enteNoite
ente de murmúrios: uma semente,
apenas Uma bastaria, Escura
Se
no Silêncio de Seivas em que nasceste
o teu Luar acolhesse a serpente
Corpo nu da Demanda profunda
aquele que Tomba,
quando virá à Tona coberto de Cinzas
quando dará às Fontes suas mãos de Encantos em ruínas até
à Seca folha lágrima Raiz da Desfolhada não nascida
quando dirá ao outroO
nascendo do seu Lado Esquerdo com a ferrugem
das Catedrais partidas
- Busca
O ourO Escuro
para onde, para onde
Irá
indo,
indo
com sua imortalidade de lençóis de Alvura: O naufragado em terra,
caminhando sobre águas brancas que não vê
Pó
de despedidas de reencontros de Trevas murmurantes
Pedra de Queda como um fruto: o Fruto O
que alcança a outra margem: Oo
Fervor de Limo
Levanta vôo para baixo
Quando obterá a recusa da Envolvente?
e o Não lhe será um Dom
de Indiferença
que poupará, por Desprezo
que poupará, pelo silêncio
Quando a Mãe se ergue na Alvorada,
quanta Espessura no sutil
quanta Presença no vazio
que contém
a mão dentro de Si, oculta de si mesma
Oco e Noite Esfera
da Espécie
Uma estrela desliza nos teus Olhos
buscando a Origem da Luz
na luz do Dia
De Rastros, animais imensos mais antigos
te dizem
que já foste e estás Aqui, escuro
Purificações da imagem maculada
nenhuma Ausência mais será sentida
aquela que Devora consolando
foi embora
Passo em sonho
A Construção de Carne está nas Trevas
e um Silêncio Branco
ressoa em toda parte: o
Ausente
permanece
o que deixam seus Ossos com sons de flauta
para a Música
e o Vento da Vida
Ausente
permanece
o que deixam seus Ossos com sons de flauta
para a Música
e o Vento da Vida
Nós não somos um cortejo de Ruínas
nós não somos Nós
não somos os que vieram atrás do Manto
revestido de algas
celebrando o Encanto e o Musgo
que a Água dos Olhos não lava Nós
não permanecemos
indistintos
nós não somos Nós
não somos os que vieram atrás do Manto
revestido de algas
celebrando o Encanto e o Musgo
que a Água dos Olhos não lava Nós
não permanecemos
indistintos
na Paisagem dos Crepúsculos Nós não
tememos
a nossa Fome das Auroras
nossa embriaguês de Vinho Pálido
enquanto passamos, e passamos,
exatamente
Agora
agora, diante de ti está o Muro
que não existe
Construção mental
que esmaga
Mas teus cabelos, Antro de Musgo que te sonha, ainda sentem falta
das ramagens longas, das Ascensões
e da Floresta,
onde os teus Passos percorrendo insetos, mas te apoiando com Ternura nas Sementes,
te dizem:
que logo virá o Limo sobre a Pedra cravada nos teus Olhos
Pois continuas lá, e a Fonte e o Fruto,
ainda Lá,
Agora
não dizerSim
infinito é o que está Dentro in
terno?
Pois não magoas
esta Paisagem
Paraíso
que sem rancor acolhes sob os Cílios, ex
terna
na Pedra da Meditação
em que Te dormes
e te vê
um Horizonte todo em torno de Miragens,
sobre a Terra
terno?
Pois não magoas
esta Paisagem
Paraíso
que sem rancor acolhes sob os Cílios, ex
terna
na Pedra da Meditação
e te vê
um Horizonte todo em torno de Miragens,
sobre a Terra
Para abolir os lances de dados
unes com a Asa o Vento e a Árvore
e Agora dás adeus a ti, no Escuro
Há Água e Fogo e Terra e Ar
e a Música a Voz
que fala o que nenhum homem ainda Se disse
oO Eu
criou a Si
e ao seu redor a Esfera o Círculo a Vida
e a Multidão da Semente
Estás na Aurora do teu pensamento
oO d eu s
tem muitos eus
nossa habitada Constelação de Ser
seu Fruto e Cinzas
a Tua Criança Invisível
Mais simples que o sono da pedra
agora vem Aquele
que lança para Ti
tua mão cheia de ervas, e não há Eras entre dois
tua mão cheia de ervas, e não há Eras entre dois
homens de limo
Agora,
te ouve
já Sabias o que te diz
com gestos de aprendiz de Vinho e Sangue
com gestos de aprendiz de Vinho e Sangue
Está te olhando dos Teus Olhos
Contempla:
é a Paisagem das Espécies
onde se faz a Colheita dos Dons
Contempla:
é a Paisagem das Espécies
onde se faz a Colheita dos Dons
nenhum Espelho Nenhum espelho
O Semeado
O Semeado
Agora,
estás onde Só
tu Te Esperas
estás onde Só
tu Te Esperas
O que passou na Noite e não foi visto
Nada,
e Mais Além
Uma Esperança de Murmúrios
Residência Profunda
só tens a ti
e um Gesto se desfaz no Ar
Fala da Ponte
Onde a Palavra, oca, simula madeira
Para onde te voltes, não estás
E Ninguém
e um Gesto se desfaz no Ar
Fala da Ponte
Onde a Palavra, oca, simula madeira
Para onde te voltes, não estás
E Ninguém
que seja Alguém espera, Se não existes
Dizer: Espelho de miragens
E Despertar dos Sentimentos de Ausência,
Dizer: Espelho de miragens
E Despertar dos Sentimentos de Ausência,
abandonar os pés:
já não se movam nem te mantenham
E
A Tarde já foi Manhã
e há Leitos com promessas de Ternuras
À noite, acolhe a Tua Penumbra
Tu lembras o Nome vago que não dizes
Teu Alento ergue o pó até Teus Olhos
Um animal antigo ainda é teu irmão
Há Luta preenchendo o intervalo dos seres
Um pensamento Deserto se nutre de areia
Há ondas de Lágrimas nos Oceanos, longe
Cinzas retornando ao Fogo, com branduras
Ossos de Flautas, ouves, se Incineram
E no entanto, uma Ave canta
e és aquático como: No Princípio Era o Verbo,
sobre as Águas
Silêncio Silêncio
Na Tarde houve uma Manhã
Só tens um Ti,
e um Gesto desfaz se no ar
e um Gesto desfaz se no ar
Lua das idades
Sob o Cílio submerso
Onde um sol jamais ilumina
E no ar mais Elevado, vendo a Ave respirando o Pó
da Terra
Onde não houve o que Ver, do que passou na Noite
E depois das Lentidões e Cantos
E Antigo como um homem de Madeira na janela,
se abrindo
flutuante
aos Oceanos
E no fundo de Ti
Silêncio dos nomes
Indiferente e lento
mas como um movimento Adormecido
E no Deserto Verde
Diante de uma Casa de Penumbra
Quem saberia
O que dizer desta Paisagem onde um homem
semeado
Diante de uma casa em um deserto verde
espera
Indiferente e Lento
Mas com um movimento Adormecido
Antes da Aurora
E a Vida, num Sussurro, ainda não nasceu em parte alguma
para subir montanhas Murmurantes
Ali,
onde em cada corpo humano há um só homem
Lá
onde em cada corpo humano há um só homem
Lá
onde se reúnem para as Festas do Medo
passa uma Ave que nos vê: Espelhos ocultos em
passa uma Ave que nos vê: Espelhos ocultos em
espelhos
Cinzas
dos Campos de Silêncio
semeados
de
Vida Ausente cada um em si
E Odor
vindo do Círculo do Horizonte
guiar
os Passos a não dar,
pois estás Aí, Fantasma
da Amizade
Ponte
que sonha a Alucinação dos Gestos
Cinzas
dos Campos de Silêncio
semeados
de
Vida Ausente cada um em si
E Odor
vindo do Círculo do Horizonte
guiar
os Passos a não dar,
pois estás Aí, Fantasma
da Amizade
Ponte
que sonha a Alucinação dos Gestos
Para alegrar uma esquina deserta
É Assim que tu habitas uma
Meditação
Peixes de Estrelas e Árvores e se apagando ao teu redor
no teu Rosto de Terra
Onde
Não todos choram juntos não
Todos riem juntos, e Não se sabe
até Saber:
que uma Lágrima é Meditação de Tudo
E o Riso: Meditação de Tudo
e Esses
são os Dons da Semente Una Oca
Escuta: O Eco,
aqui
O sermos
como Aves de Dois Cantos
enquanto, Lá,
O sorrindo chora O chorando ri
Enquanto passa uma Nau de Silêncio
Meditação
Peixes de Estrelas e Árvores e se apagando ao teu redor
no teu Rosto de Terra
Onde
Não todos choram juntos não
Todos riem juntos, e Não se sabe
até Saber:
que uma Lágrima é Meditação de Tudo
E o Riso: Meditação de Tudo
e Esses
são os Dons da Semente Una Oca
Escuta: O Eco,
aqui
O sermos
como Aves de Dois Cantos
enquanto, Lá,
O sorrindo chora O chorando ri
Enquanto passa uma Nau de Silêncio
Asa dos olhos
Quando um Lago
for lançado num Círculo
fora do tempo
por mãos vazias antes do gesto
Quem
estará na Margem
para receber, sem mãos,
as Doações do Centro adormecido
que Se amplia
despertado
em gratidões gratidões gratidões
Quando descerem em Ti escuro e sol
A última
gota de água acaba de subir aos Céus e a Terra
não é mais
a Esfera de Miragens
esses seres de Lágrimas banidos dos Teus Olhos
buscam Refúgio
na Tua Mão de Pó
O Uivo em Tua em Memória não é a Pedra que lançaste
voltando à tona
Um homem é Sua Curva só por ter nascido
Estás
entre a Aurora e o Crepúsculo
como uma Dádiva
que se oculta antes do Gesto
Deita no Centro do leito da Serpente
Se
confundires os perdões escuros com a Lentidão
da Tua Estrela,
estás perdido
Tudo é Caverna e ecoa
Consulta os Clamores da Vida
Se o Adormecido leva um Gesto aos lábios
não Falar
para não nascer do Seu Ouvido
em Rumor O
não dito, lentamente não
Ouvir
para não nascer no meu ouvido
em Ramagens A
não dita, lentamente não
para não assustar as Ramagens do Rumor
indo e vindo
entre nós
para não nascer no meu ouvido
em Ramagens A
não dita, lentamente não
para não assustar as Ramagens do Rumor
indo e vindo
entre nós
Asa no Ar
Exalado pelo Alento: por que veio o Homem de Vento
Inalado pelo Alento, para Onde voltará?
E a O Que Quem pergunta
aqui
na Breve Residência
onde é
Asa de Sombra
dO sido
e
dO não será
Um passo antes das Cinzas
Bastante silencioso
e Ausente
mas caminhando através de Onde em si há Ninguém
Um olhar mais fechado, para ser Amplo para acolher a
Constelação
que não cabe nos olhos
para não esquecer que é alguém
onde não há ninguém
E a Gotejante, ouçam: Está chamando, a cada um
pelo seu Nome
a Cada nenhum nome que não Diz
Ali,
onde a Fonte mais transforma Luz em Sombras
visto no Vazio
E então entendes:
que tudo que Passa se sonha um Eu,
e toda neblina quer Ser
E essa é a Origem
da Lágrima
Fonte dos que dormem
como se fosse uma centelha: } a Transparente
com som de Águas até o afogamento
e Asas cristalinas de Pudor
e O sangue
se desfazendo em lágrima a Gota
onde um relâmpago de patas mais selvagens
e a desabrochando: } a Constelação
suas figuras de Musgo suas serpentes de espinho
e O Jamais se acabar [ Suas Serpentes de Espinhos
de chegar
dAquele
que
Sempre passará
como o Cordão dO Tempo nos Teus Olhos }
como se fosse uma centelha: } a Transparente
com som de Águas até o afogamento
e Asas cristalinas de Pudor
e O sangue
se desfazendo em lágrima a Gota
onde um relâmpago de patas mais selvagens
e a desabrochando: } a Constelação
suas figuras de Musgo suas serpentes de espinho
e O Jamais se acabar [ Suas Serpentes de Espinhos
de chegar
dAquele
que
Sempre passará
como o Cordão dO Tempo nos Teus Olhos }
Fim de II Fonte dos que dormem
A Viagem a Andara não tem fimsegunda-feira, 7 de maio de 2012
III Coisas escuras procurando a luz com dedos finos cheios de ervas
VIAGEM A ANDARA oO LIVRO INVISÍVEL
COISAS ESCURAS PROCURANDO A LUZ
COM DEDOS FINOS CHEIOS DE ERVAS
I
Os dias consagrados
na via Lenta
este é o caminho das
Grades,
e ouves no fundo da Terra portões de ferro voltando ao pÓ,
como tu
Mas Tu não cumprirás toda a Profecia
Afinal,
não chegaste pela rua da tua Infância? Não tropeçaste na porta da Sede e a Água te ergueu?
Não testemunhas o regresso das árvores em Sonhos
e
não passa Dentro de tia Outra via?
leve
Que
leva
à Leveza invisível
esboçando no Sem Rumo
quando passas, em Si se esconde a Árvore
dos Negros Corais
tu passeias sem Clamor
quem sabe: Até cantes
e o Caminho não é longo
não colheste nenhum fruto,
mas os Corais vão contigo
e teus Passos vão deixando Rumor de treva e água profunda, pois
te seguem, Negros, os Corais
ó Árvore dos Negros Corais
quando passas em Ti
se esconde
a Residência entre Clarões está nas cinzas
Agarrado ao teu Tronco,
como não lamentarias a queda dos Frutos?
Perdido de Ti,
como colherias a Semente
no ar
e a semearias nas noites da Fadiga?
Para isso: ouvir
Aquilo que chama na SombraPara aquilo, ver
na noite que mais pede sacrifícios à Aurora dos Destinos
ao passo
mais fiel ao caminho para a casa tombada, Lá: onde a Curva
no horizonte
oferta a Esfera ao fechar dos Círculos
À Asa murmurante que não pousa
Celebração das noites fatigadas
há Desesperos circulares, Tu sabes desesperos
como o do animal no Escuro escuro
Girando
contido no Centro que seu giro gera
E a cada giro, Pura
emissão de intensidade busca as margens para Além das margens
E a cada giro, o Não
Escrita de grades: a palavra Dor não é a palavra Sim
Luz fenecendo
Oo
morona, des
falece em centroE se esmorece
o Desespero, e se
se apaga: Se sob a pele Negra olhos se ocultam,
na harpa de grades a pausa é breve e não há Música
pois foi escrito no Bosque Sem Ternuras, em nossa Face: Que os olhos que uma vez se fechem outra vez se abram,
e eles se abrem,
acende o Desespero
e Testemunha: as Grades permanecem Lá
E
se adormece para os Sonos dos Alívios? Sem
remédio Sem
remédio,porque sonha Grades
ah, tudo oculta em sonhos a Catedral de cinzas
as Margens
o Círculo
e a chave perdida
Animal escuro,
te tornaste o próprio Centro escuro
Tece teus cílios de Hera sagrada
Cintila
nas noites Sonha
com a Alvura
Não sabes que Outro centroO
te Ilumina,
mais Escuro?
há Desesperos circulares, Tu sabes
E o Céu? Se
pergunta a Terra,
enquanto desces ao encontro do Teu Centro
eis: a espreita do Suspeito de Si Mesmo
Eis a Penumbra da Água em silêncio
Na Fonte,
não são Longos os peixes que te incineram
Ainda uma vez um Sim de pedra
se ocultou
na Noite,
e enquanto tombas vais lembrando que Não És
Noite de nutrições profundas
Para nutrir o Lodo,
tu não escreves Tu
és o Livro
que se lança em todas as direções nas Regiões Escuras: Agora
oO Círculo
cintilante
que te envolve
E nos limites da Esfera,
se te voltas para te ver Fonte
que se jorra,
vê:
o Outro,
Água que no Centro da Esfera ainda Lá és tu de novo, murmurando:
Tu
és o Livro,
que se lança: Chama
na noite do Grão luminoso
Quando a Esfera cantou na Penumbra para a Dúvida
a Vida é o que
é
coisa que a si SeFaz
longe, em Ti
ouviste O Eco É
só
isso
e nada Mais
ó Árvore de Negros Corais e dos silêncios do Céu
S
ubmerso
em Si como um homem
esquecido pelas paisagen
S
E vagando
Como se um mundo Não existisse
Um mundo não
como um mundo Sim
E convivendo com Ausência e Sombra
Quase deitado na linha do Horizonte, e sem temer a Lâmina, e com os pés pisoteando estrelas:
dança,
mas não é O Dançarino
a parte dos Dons
mas
Se
nutrires em Ti
a Metamorfose da Esfera,
e
e tudo em círculos vagando sobre a Esfera vier se Delatar a ti como
Máscara para esmagamentos > a horda escura e a História
e o ir e o ir e o ir dos frutos retornantes às sementes
mas não
o Vir
da Semente ao Fruto que nós chamamos Vida
e
quando na Clareira, Nu
testemunhares o desabrochar da Hera
#
Então
} haverá um dia seguinte
E nesse Dia
Manhã do Caminho sem caminhos,
despertando
e verás
a Constelação Sem Centro
Porque o Centro tombou sem rumor toda a Noite para a Terra
Estás outra vez na rua onde passou por ti a Vertigem, a Tua Infância
E agora } o Centro
És Tu
Caminho longo
OoO
o
O
oO
Oo
OoO
Fim de I Os dias Consagrados
A Viagem a Andara não tem fim
Assinar:
Postagens (Atom)