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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Através do Anjo mais Selvagem POEMA Vicente Franz Cecim










e vias claramente as pedras do caminho,
mas não o Caminho

Fosse suficiente o Aceno do longínquo,
mas é noite

e as estrelas dormem na Noite dos teus olhos
Só tens teus pés, que nada sabem de ti


Coisas
sem nome
estão passando

Ousasses um Canto: Coisas sem nome estão passando

nas Trevas
estão
passando

coisas sem nome passarão


Este é o Jardim das Astúcias
o Jardim Sem Nome

por onde na Treva passarás,
rente ao chão como um     Nãonascido
caminho sem volta

dando voltas em Si mesmo
para ter onde ir Sem ter aonde ir


Há um círculo, pois: o Círculo, no Jardim de Astúcias,
e não te deixará passar


Tenta voltar      Atrás     como chegaste aqui?                   a Voz

que te propõe te pergunta

Seu Carrilhão de Sussurros     não são o Aceno de Sombra
estrelas sonham  na Tua noite


Por que mentiste aos teus Pés antes do Primeiro Passo: gemidos na Água estagnada

porque     já o teu primeiro passo mentiu aos teus pés?



Agora,
aguarda

o que por ti não espera


Te funda,

é tua a Tua Noite, e não dorme, não dorme, não dorme, não


Mesmo que o Canto, te embalando     adormeça

a Pedra de Penumbra

te oferte a ausência de Caminhos,

e Se incinere




  













 
Coisas Sem Nome estão passando
na Noite

Coisas sem nome passam