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domingo, 1 de julho de 2012

X Asa de murmúrios

  VIAGEM A ANDARA oO LIVRO INVISÍVEL
 II foi no Tempo





foi
no Tempo,

um Lugar, onde estive


centro, para os Repousos humanos


Madeira
que os sóis conduziam às Cinzas
da Aurora ao Crepúsculo
madeira sempre sonhando com náufragos distantes pedindo um destino
de taboa de salvação,
quando chovia

gasta pela água dos céus
pelos Corpos que por ela
passavam

e Sumiam

como os homens nascem, o sol nasce
todo dia o sol nasce
e os Frutos na Árvore da Vida

e somem


Depois,
as Chuvas indo nos banhar
na Profundidade da Terra esperemos nos sonhando,
na Sede
onde depositados quantas Relíquias sendo esquecidas a cada dia iremos
afundando      Para um centro, para um centro

para o centro

do Centro


na Esfera
entre as estrelas,

como se Ser Circunferência fosse para Sempre




Foi
no Tempo

Quando uma vez estive no Centro


Havia a Sombra de Tudo e as sombras das árvores e das asas,
umas pousadas sobre nós outras voando baixo aqui
na Terra como no Céu,
                                      Lá
Fosse uma Tarde
Quantas Cicatrizes jogadas ali pelo chão
E te dissessem que Anjos haviam vindo curar Aquelas feridas


As Vozes,
te dizendo

aguarda a Árvore na Sombra da Semente
há Lentidões nos Rostos vazios das Miragens, Elas partiram
não há nada a dizer sem um Soluço
não retira a Tua mão da minha


seria o Inesperado
se visse Sem Nome




fosse uma Tarde
Mas tu não sentias a Melancolia dos Crepúsculos e nem ouvias o Rumor
de asas
então, fosse Manhã         ah Aquela manhã

nela a Noite,

resistindo



E vias as Marcas dos passos
Chegando e partindo da
Madeira

gasta pelos Corpos por ela
passando nas

coisas de sentar, ali

partindo e chegando, os homens, das coisas de sentar

coisas de sentar em Círculos
fosse no Centro do Mundo,
                                                        mas Longe



Olhando esses Passos,
aos teus pés,
ouvias Ondas gastando outro corpo        
                                                        a Nau

que partia ou chegava

a Nau

navegando na Areia se misturando
às Cinzas da Madeira, onde os corpos
passando, e sumindo, Fossem homens




Havia o Deserto sem margens

Havia aqueles lugares de sentar em Círculo de madeira onde às vezes deitar

Onde as Noites eram mais frias
e uns Ossos
e uns Desabrigados portodaparte,
                                                        ali

adormecidos

Deles fossem os passos




foi

no Tempo #



no Outro tempo não vias os Passos,

partindo e chegando

através da Madeira: Passagem
de Cinzas
                   e para Onde?


relógios de areia foram semeados nos Bosques
relógios de cinzas foi um tempo
de ventos apagando passos num deserto

aqueles passos Tu não viste



Não era o Tempo dos Lagos


que virá

te voltando para a frente de Timesmo
Água de limo no fundo dos Olhos

para que vejas, Vendo                                      a Nau

se afastando


no Centro do Silêncio