VIAGEM A ANDARA oO LIVRO INVISÍVEL
II foi no Tempo
foi
no Tempo,
um Lugar, onde estive
centro, para os Repousos humanos
Madeira
que os sóis conduziam às Cinzas
da Aurora ao Crepúsculo
madeira sempre sonhando com náufragos distantes pedindo um destino
de taboa de salvação,
quando chovia
gasta pela água dos céus
pelos Corpos que por ela
passavam
e Sumiam
como os homens nascem, o sol nasce
todo dia o sol nasce
e os Frutos na Árvore da Vida
e somem
Depois,
as Chuvas indo nos banhar
na Profundidade da Terra esperemos nos sonhando,
na Sede
onde depositados quantas Relíquias sendo esquecidas a cada dia iremos
afundando Para um centro, para um centro
para o centro
do Centro
na Esfera
entre as estrelas,
como se Ser Circunferência fosse para Sempre
Foi
no Tempo
Quando uma vez estive no Centro
Havia a Sombra de Tudo e as sombras das árvores e das asas,
umas pousadas sobre nós outras voando baixo aqui
na Terra como no Céu,
Lá
Fosse uma Tarde
Quantas Cicatrizes jogadas ali pelo chão
E te dissessem que Anjos haviam vindo curar Aquelas feridas
As Vozes,
te dizendo
aguarda a Árvore na Sombra da Semente
há Lentidões nos Rostos vazios das Miragens, Elas partiram
não há nada a dizer sem um Soluço
não retira a Tua mão da minha
seria o Inesperado
se visse Sem Nome
fosse uma Tarde
Mas tu não sentias a Melancolia dos Crepúsculos e nem ouvias o Rumor
de asas
então, fosse Manhã ah Aquela manhã
nela a Noite,
resistindo
E vias as Marcas dos passos
Chegando e partindo da
Madeira
gasta pelos Corpos por ela
passando nas
coisas de sentar, ali
partindo e chegando, os homens, das coisas de sentar
coisas de sentar em Círculos
fosse no Centro do Mundo,
mas Longe
Olhando esses Passos,
aos teus pés,
ouvias Ondas gastando outro corpo
a Nau
que partia ou chegava
a Nau
navegando na Areia se misturando
às Cinzas da Madeira, onde os corpos
passando, e sumindo, Fossem homens
Havia o Deserto sem margens
Havia aqueles lugares de sentar em Círculo de madeira onde às vezes deitar
Onde as Noites eram mais frias
e uns Ossos
e uns Desabrigados portodaparte,
ali
adormecidos
Deles fossem os passos
foi
no Tempo #
no Outro tempo não vias os Passos,
partindo e chegando
através da Madeira: Passagem
de Cinzas
e para Onde?
relógios de areia foram semeados nos Bosques
relógios de cinzas foi um tempo
de ventos apagando passos num deserto
aqueles passos Tu não viste
Não era o Tempo dos Lagos
que virá
te voltando para a frente de Timesmo
Água de limo no fundo dos Olhos
para que vejas, Vendo a Nau
se afastando
no Centro do Silêncio